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domingo, 17 de agosto de 2008

quem eu sou

EU BEBO SIM

Isso não é comercial de Bliss, mas eu bebo sim. Tem dias que bebo em busca de consolo. Em outros procuro a paz. Muitas vezes corro atrás dos demônios. E ainda tomo uns tragos por simplesmente estar com sede. Mas garanto: insistentemente as gotas escorrem por e com prazer aqui dentro. Afirmo: gosto mesmo de tomar uns copos.

Claro que há uma seleção. Não sou promíscuo assim (mais por covardia do que por convicção). Então o amarelo-ouro do uísque é sempre bem-vindo. Nas pedras. Tem passagem sempre aberta, portas escancaradas, garganta afiada.

Alguma coisa de rum, pisco, tequila e cachaça. Os destilados me soam mais poéticos, musicais e melancólicos. Mais parecidos com a vida, definitivamente. Sim, sim, sim, eles, os vinhos. Tintos. Vagabundos, torpes, magníficos, de feira, de quinta, de férias… Caem bem. Ficam a assoprar nos nossos ouvidos que a humanidade já presenciou gregos e troianos, Baco e Doinísio, França e Chile, Cabernet e Sauvignon. Bebida com ressaca histórica.

Vodca, em último caso. Sei lá, algo me diz que vodca é o crack do álcool. Sim, saquê acompanha a liberdade. E preciso me enfiar mais no dry-martini, pois três gênios assinaram a qualidade desse negócio: Churchill, James Bond e PSL.

Cerveja? Sim, a de pub. Guiness, of course, my horse. E em pint. Nacionais? Original ou Bohemia, mas, por favor, no churrasco, com um galeto, na calçada ou depois de tudo. Último caso. As borbulhas… Um copo massacrando o calor, ok. Mas o segundo já me deixa entediado… O terceiro é um sacrifício. A partir do quarto, tento a lavagem estomacal para poder voltar às glórias dos drinques perfeitos e destilados. Cerveja é como um ministério de segundo escalão, um brinde de feira agropecuária, um prêmio de consolação. Tô meio que fora.

E outro dia me perguntaram por que eu bebia… Por que eu leio? Trepo? Trabalho? Vivo? Porque sou assim. Não engulo nada para me soltar, para prender ou para estancar. Bebo porque bebo, se fosse sólido… Bem, Jânio teve suas loucuras e manias, mas de caninha ele entendia. E não precisou recuar e mentir nesse quesito. Porra, até nisso Lula nos decepcionou… Traiu a pátria. Mentiu sobre o próprio prazer do álcool… Tsc, tsc, tsc.

Também não entro numas de defender o vício. Não gosto daqueles que empurram gozos. Acho que há muita coisa bacana por aí que não leva droga nenhuma (apesar de nunca ter imaginado qual o tesão de se comer apenas alface e tomar suco de graviola). E que mundo bondoso aquele em que pudéssemos desfrutar de nossas companhias sem patrulhas.

Com tudo isso, penso nas doses dos últimos dias e como elas agregaram (para citar um termo dos caras de agências) valor ao produto (vida).

Eu bebo sim. Às vezes os “marqueteiros” erram o produto, mas acertam o slogan.

"É necessário estar sempre bêbado.
Tudo se reduz a isso; eis o único problema.
Para não sentirdes o horrível fardo do Tempo, que vos abate e vos faz pender para a terra, é preciso que vos embriagueis sem cessar.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha.
Contanto que vos embriagueis.
E, se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder: É hora de se embriagar!
Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas!
De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha.

quem eu sou

EU BEBO SIM

Isso não é comercial de Bliss, mas eu bebo sim. Tem dias que bebo em busca de consolo. Em outros procuro a paz. Muitas vezes corro atrás dos demônios. E ainda tomo uns tragos por simplesmente estar com sede. Mas garanto: insistentemente as gotas escorrem por e com prazer aqui dentro. Afirmo: gosto mesmo de tomar uns copos.

Claro que há uma seleção. Não sou promíscuo assim (mais por covardia do que por convicção). Então o amarelo-ouro do uísque é sempre bem-vindo. Nas pedras. Tem passagem sempre aberta, portas escancaradas, garganta afiada.

Alguma coisa de rum, pisco, tequila e cachaça. Os destilados me soam mais poéticos, musicais e melancólicos. Mais parecidos com a vida, definitivamente. Sim, sim, sim, eles, os vinhos. Tintos. Vagabundos, torpes, magníficos, de feira, de quinta, de férias… Caem bem. Ficam a assoprar nos nossos ouvidos que a humanidade já presenciou gregos e troianos, Baco e Doinísio, França e Chile, Cabernet e Sauvignon. Bebida com ressaca histórica.

Vodca, em último caso. Sei lá, algo me diz que vodca é o crack do álcool. Sim, saquê acompanha a liberdade. E preciso me enfiar mais no dry-martini, pois três gênios assinaram a qualidade desse negócio: Churchill, James Bond e PSL.

Cerveja? Sim, a de pub. Guiness, of course, my horse. E em pint. Nacionais? Original ou Bohemia, mas, por favor, no churrasco, com um galeto, na calçada ou depois de tudo. Último caso. As borbulhas… Um copo massacrando o calor, ok. Mas o segundo já me deixa entediado… O terceiro é um sacrifício. A partir do quarto, tento a lavagem estomacal para poder voltar às glórias dos drinques perfeitos e destilados. Cerveja é como um ministério de segundo escalão, um brinde de feira agropecuária, um prêmio de consolação. Tô meio que fora.

E outro dia me perguntaram por que eu bebia… Por que eu leio? Trepo? Trabalho? Vivo? Porque sou assim. Não engulo nada para me soltar, para prender ou para estancar. Bebo porque bebo, se fosse sólido… Bem, Jânio teve suas loucuras e manias, mas de caninha ele entendia. E não precisou recuar e mentir nesse quesito. Porra, até nisso Lula nos decepcionou… Traiu a pátria. Mentiu sobre o próprio prazer do álcool… Tsc, tsc, tsc.

Também não entro numas de defender o vício. Não gosto daqueles que empurram gozos. Acho que há muita coisa bacana por aí que não leva droga nenhuma (apesar de nunca ter imaginado qual o tesão de se comer apenas alface e tomar suco de graviola). E que mundo bondoso aquele em que pudéssemos desfrutar de nossas companhias sem patrulhas.

Com tudo isso, penso nas doses dos últimos dias e como elas agregaram (para citar um termo dos caras de agências) valor ao produto (vida).

Eu bebo sim. Às vezes os “marqueteiros” erram o produto, mas acertam o slogan.

"É necessário estar sempre bêbado.
Tudo se reduz a isso; eis o único problema.
Para não sentirdes o horrível fardo do Tempo, que vos abate e vos faz pender para a terra, é preciso que vos embriagueis sem cessar.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha.
Contanto que vos embriagueis.
E, se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder: É hora de se embriagar!
Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas!
De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha.